ARQUEOLOGIA
O estudo mostra que a cerca de 2.700 anos, o milho já vinha sendo usado regularmente na dieta dos povos que antecederam os incas na região. Porém outras pesquisas mostraram sinais do uso deste cereal na alimentação humana a mais de 12.000 anos, os grãos eram colhidos em plantas nativas pois não era cultivado. Foram os incas que aprimoraram as técnicas produtivas, observando os melhores meses para plantio e adubando regularmente. Isso foi fundamental para seu crescimento e evolução. Foi só com a ajuda das Ihamas que a cultura do milho ganhou força e prosperou se tornando um cereal muito importante na história dos incas. Mais uma demonstração do quanto esse povo observava a natureza e com isso faziam dela uma importante aliada na manutenção da sua organização social. A partir da observação, inteligência, trabalho e ajuda das Ihamas, os antigos povos andinos construíram sua história.
Dejeto de animal
pode ter sido um
dos segredos
dos incas.
pode ter sido um
dos segredos
dos incas.
Há muito tempo o homem usa dejetos de animais para aumentar a fertilidade da terra onde semeia seus grãos. Mas, um estudo revela algo interessante. O arqueólogo Alex Chepstow-Lusty, pesquisador do Instituto Francês de Estudo dos Andes, situado em Lima, capital do Peru, mostra através de suas pesquisas que a grandeza da civilização inca pode ter em parte se dado depois que eles começaram a usar as fezes das Ihamas para adubar o solo onde cultivavam o milho.
O milho é uma cultura que exige adubação regular, e depois que perceberem que os dejetos dos animais tornavam as plantas mais saudáveis e produtivas eles aperfeiçoaram suas técnicas de plantio e passaram a aplicar o material orgânico, composto de fezes de Ihama de forma regular nas plantações de milho.
O milho é uma cultura que exige adubação regular, e depois que perceberem que os dejetos dos animais tornavam as plantas mais saudáveis e produtivas eles aperfeiçoaram suas técnicas de plantio e passaram a aplicar o material orgânico, composto de fezes de Ihama de forma regular nas plantações de milho.
Mais sobre os incas A origem
Dos áridos
Andes centrais
para a fundação
de Cuzco.
Arqueólogos e histori-adores nunca chega-ram a um consenso sobre a origem dos incas. Mas, a teoria mais aceita entre os estudiosos dessas civilizações afirma que eles saíram da região seca e localizada nos Andes centrais. A razão pela qual saíram do seu território de origem é desconhecida. O que se sabe é que, por volta do ano 1200 d.C. chegaram e estabeleceram em Cuzco, um rico vale andino, localizado onde os rios Huantanay e Tullumayo confluem. A terra de cultura e a suposta proteção dada pelas montanhas de mais de 3.000 metros acima do nível do mar, contra possíveis inimigos, foram fatores que contribuíram para a decisão de permanência no local. Depois de lutar e vencer os povos de língua aymará, que viviam no lugar, os incas fundaram Cuzco em atribuição a Manco Capac, tido como um herói e um deus, dando assim início as primeiras normas de organização social da civilização inca. O império surgiu na região do atual Peru, se estendeu por mais de 4.000 km indo do equador até o norte da Argentina e dominou os Andes por três séculos.
Um vale sagrado
Rio Vilcanota no vale
sagrado dos incas na
curva que antecede
sua passagem por
Ollantaytombo
U ma das planícies mais férteis da região de Cuzco fica as margens do rio Vilcanota. O vale sagrado dos incas que está posicionado ao leste, por isso, recebe luz por todo o dia, e ainda tem a proteção das montanhas contra o vento e o frio. Isso o torna muito produtivo. O que os incas chamavam de sagrado é mesmo o belo clima do vale, formado graças a muito capricho geológico e as correntezas do Vilcanota.
A arquitetura inca
A habilidade arquitetônica foi uma das
qualidades que contribuiu para manter a ordem e a dinâmica social do império Inca.
A técnica usada para as construções incas é um grande mistério para os pesquisadores. Sem conhecer a roda, os incas transportaram toneladas de pedras cuidadosamente preparadas. O povo inca superou, entre outras, as dificuldades impostas pelo relevo e construíram casas, alojamentos, templos, cidades e cerca de 4.000 km de estradas. Na região onde tem uma alta freqüência de terremotos, grande parte das construções resistia ao fenômeno, mostrando que eram feitas com a preocupação de evitar desmoronamento provocado por esse evento. Obras como canais de irrigação foram encontradas em várias regiões, pontes que transpunham os precipícios das montanhas e grandes aterros em regiões pantanosas, mostram que eles desenvolveram um alto nível técnico na aplicação de sua engenharia. Usavam desenhos específicos para construir estradas em lugares de alto declive, construíam muros de arrimo para segurar os aterros e evitar o deslizamento de terra. As pontes eram feitas de cordas suspensas o que requeria uma manutenção freqüente e planejada, pois a comunicação entre as cidades dependiam delas. Ao longo das estradas eram erguidas construções onde se alojavam viajantes a serviço oficial ou soldados do exercito. A habilidade na construção foi uma das qualidades desse povo, que contribui muito para manter a ordem e a dinâmica social do império inca.
O fim do império de 300 anos
O primeiro a fazer uma incursão, com o objetivo de investigar os boatos foi o português Garcia, que os indígenas chamavam de Maratia. Não teve sucesso, mas os rumores da existência de um império riquíssimo no novo continente chegaram à Europa e despertaram interesses da coroa portuguesa e espanhola, a partir daí, o fim do império incaico era uma questão de mais algumas viagens. Em 1533 Francisco Pizarro, um navegador espanhol que viajava pela costa americana do oceano Pacífico encontrou o grande império. Chegou a Cajamarca onde se encontrava Atahuallpa, o último imperador inca. Ele foi morto com sua família e seus homens, um violento saque foi promovido pelos espanhóis e, a primeira cidade a ser destruída foi Cuzco, era o fim do povo que dominou os Andes por mais de 300 anos.
Rumores
da existência de um império riquíssimo chegaram à Europa e despertaram interesse da coroa portuguesa e espanhola.
da existência de um império riquíssimo chegaram à Europa e despertaram interesse da coroa portuguesa e espanhola.
E ntre os anos de 1521 e 1525, as grandes viagens realizadas pelos europeus em busca de alternativas para chegar as índias, trouxeram os portugueses e espanhóis para a América do Sul. Um navegador português, João Dias, piloto-mor da Espanha, foi encarregado de descobrir uma passagem para a Ásia. A sua tentativa o levou a navegar pelo rio da Prata, ainda chamado de rio Solis. A expedição comandada por ele foi interrompida pelos guaranis, de todos os seus tripulantes, somente 11 ou 14 homens sobreviveram. Na volta, a nau ocupada por eles naufragou no litoral de Santa Catarina, e eles tiveram contato com os carijós-guaranis, que os acolheram. Na convivência com os índios, os náufragos tomaram conhecimento de um boato que relatava a existência de um rei branco no interior do continente que possuía grandes riquezas. Segundo o historiador Amilcar D'Avila de Mello, o rei citado era o inca.
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