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OEA pede paralização de Belo Monte

Volta grande - Xingu
Belo Monte, se por um lado o projeto da terceira maior usina hidrelétrica do mundo é promessa de alívio nas pressões causadas pela crescente demanda por energia nos país, por outro, têm gerado polêmicas proporcionais ao seu tamanho. Em 2005, quando o Congresso Nacional autorizou a licitação para a obra, iniciou-se uma das mais longas séries de debates sobre a viabilidade de uma obra no país. E a novela se arrasta, cheia de discursos e nenhum resultado prático, acaba de ganha mais um capítulo que atravessa as fronteiras nacionais. A Organização dos Estados Americanos (OEA) através da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) também resolveu entrar no roteiro. Com o objetivo de proteger as comunidades indígenas da Bacia do Rio Xingu, onde a obra será realizada, a entidade pede ao governo brasileiro a imediata suspensão do processo de licenciamento da obra.
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A CIDH decidiu dar uma resposta à denúncia encaminhada, em novembro de 2010, por várias entidades que tem ligação com o meio onde se pretende instalar a usina. A denúncia constava o fato de que, as comunidades indígenas e ribeirinhas da região não foram consultadas adequadamente, e por isso pedia a intervenção da (OEA) junto ao governo brasileiro. Infelizmente a ação da (OEA) vem contribuir pouco para um desfecho justo e definitivo para o caso Belo Monte. Em 2005 o projeto foi lançado com orgulho, sua capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência, poderia dar folga para o sistema de energia que naquela oportunidade já dava sinais de fraqueza. Mas, aos poucos o projeto foi apresentando seus entraves e agora surge a intervenção da (OEA). O Itamaraty, assim que tomou conhecimento do fato divulgou nota se dizendo perplexo com o pedido da instituição. E a novela “Belo Monte” continua sem previsão de quando terá o seu desfecho final.


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A índia que virou flor








Certa vez em uma tribo perdida no mar verde da Amazônia, nasceu uma indiazinha. Tinha a pele dourada do sol como qualquer outra criança da tribo. Adorava os rios, as árvores, os animais e tinha grande amor pela floresta. Mas, algo muito especial lhe chamava a atenção, a presença encantadora de “Jaci”- a lua. O Pajé pressentia que a história da indiazinha seria diferente. O tempo passou, a índia virou uma bela moça, porém, teve a vida interrompida em um trágico e comovente final. Ela morreu para nascer a lenda. Vitória-régia, “Estrela das águas”, uma das mais belas flores da Amazônia.


Quem tiver a oportunidade de visitar o norte do Brasil, na vasta região amazônica, com certeza vai se encantar com a natureza do lugar. Vai observar inúmeras espécies diferentes a cada passo dado na maior área verde do planeta. O gigantesco rio Amazonas, o maior da Terra em volume de água, e o segundo em extensão, serpenteia pela floresta transformando a maior bacia hidrográfica do mundo, em um mar de mistérios, e encantos.
Mas, é nos confins da floresta que surge a “estrela das águas”. Flutuando sobre os espelhos turvos e misteriosos que se estende pelos leitos de rios mansos e lagos calmos, a flor, uma típica planta aquática, segue encantando seus observadores, e enriquecendo o folclore dos nativos. Quando o explorador alemão, Robert Hermann Schomburgk, a serviço da coroa britânica viu a flor pela primeira vez, não teve a sensibilidade para manter em seu catálogo um dos diversos nomes dado pelos povos indígenas. Como se fosse dono da maravilha que acabara de encontrar resolveu mudar o nome de “estrela das águas”, que homenageava a bela índia do imaginário das tribos amazônicas, para Vitória-régia, uma homenagem política à rainha da Inglaterra.

Fotos: autores desconhecidos

Depois de ter sido registrada nos frios textos da literatura científica como “Victoria amazônica”, a planta com folhas de formato circular que pode atingir até dois metros de diâmetro, cujas flores só se abrem a noite, atravessou o atlântico e foi em forma de semente levada pelo explorador alemão para brotar nos jardins dos palácios ingleses. A lenda, porém, ficou enraizada nos exemplares nativos e na mente dos caciques e pajés das diversas tribos que povoam a Amazônia. Ainda hoje, quando as noites de lua cheia chegam, eles se sentam em seus terreiros com as crianças da aldeia ao redor de suas pequenas fogueiras, para falar da índia mais bela que a selva já viu. As vozes cansadas dos velhos índios dizem que: “... em tempos distantes “Jaci”, a Lua para os indígenas, aparecia no céu para inundar a floresta com sua luz prateada e encantava as “cunhantãs” – moças. Depois de beijar os rostos das cunhantãs, escolhia para si as mais belas e as levava para transformar em estrelas. A mais bela de todas as cunhantãs se chamava “Nainá” e nunca era levada para se transformar em estrela. Em noites de lua cheia a jovem índia corria pelas montanhas para alcançar Jaci – a lua, na esperança de que fosse escolhida por ela para virar estrela e reluzir no céu, mas, era ignorada. Uma bela noite de lua cheia a índia chegou até a beira de um lago e viu o reflexo da lua resplandecer no espelho d’água e, encantada pelo seu brilho prateado, se atirou no lago e desapareceu nas profundezas de suas águas. A lua então percebeu o quanto ela queria ser uma estrela, mas agora era tarde demais, e com pena da índia, a lua transformou seu corpo em uma flor. No dia seguinte, o cacique cansado de procurar por sua filha foi ao lago e viu que uma planta diferente de todas as outras da floresta tinha nascido no exato lugar onde sua filha se afogou. À noite, ele retornou à beira do lago, para matar a saudade da filha e observou que a planta abrira sua flor e exalava o cheiro da índia, o qual a brisa espalhava pela floresta. Os índios observaram que sua flor só se abria a noite, e então passou a chamá-la de “estrela das aguas”, a mais bela índia da mata que sempre quis brilhar no céu, virou uma estrela que paira suavemente nas águas de lagos e rios da floresta.” E assim termina a história contada pelos velhos índios, e certamente ao final, tira um suspiro profundo dos indiozinhos que recriam a imagem da linda morena de cabelos negros e lisos, que morreu para dar lugar à lenda, e passou a viver para sempre em suas memórias.

Vitória- régia de flor branca. Foto: autor desconhecido

Vitória- régia tem formato circular, atinge até dois metros de diâmetro, pode
suportar o peso de uma criança sem afundar. Foto: autor desconhecido
Vitória- régia de flor rosa. Foto: autor desconhecido.



Imagem de Vitória-régias vista do fundo de um lago. Foto: autor desconhecido


Fontes: 1 - 2
Folha do Bicho

Uirapuru, a lenda da Amazônia

Quando chega a estação das águas, as chuvas faz com que grande floresta  amazônica se transforme.
Rios da amazônia
Os enormes rios deste sistema formam uma bacia hidrográfica que comporta 1/5 de toda a água doce do mundo, e na cheia inunda a floresta, onde vive uma das mais curiosas aves da região, o uirapuru.
Região amazônica no período das chuvas
A ave se esconde entre a robustez da vegetação, sua cor pardo esverdeado torna mais difícil a sua visualização em meio a tantas cores e formas que a exuberante amazônia exibe. Se sua presença é difícil, seu canto é ainda mais raro, pode ser ouvido por apenas 15 dias por ano, mas de uma melodia tão bela, que o transformou em uma lenda.
Uma das lendas envolvendo esse pássaro conta que duas índias muito amigas, viviam andando juntas para todos os lados, desde o amanhecer até ao entardecer. Um dia as duas viram um jovem cacique, muito bonito, e ambas se apaixonaram por ele, sem dizer nada uma à outra. Apenas deram a entender que estavam apaixonadas, mas sem dizer por quem. O tempo foi passando até que um dia revelaram a verdade uma à outra, sendo que ambas ficaram estupefatas com o fato de amarem o mesmo homem. Decidiram que deixariam o cacique decidir, e a preterida se conformaria. A história do amor das duas se espalhou pela aldeia, e os mais velhos resolveram perguntar ao cacique qual das duas ele amava. O cacique, envergonhado, respondeu que gostava das duas. Como não era permitido casar-se com as duas, ficou decidido que haveria um concurso de arco e flecha entre as duas no dia seguinte. No dia seguinte, o cacique avisou que aquela que conseguisse acertar a ave indicada por ele, em pleno vôo, se tornaria sua esposa. Quando uma ave muito branca passou voando alto, o cacique disse: - É essa! As duas atiraram, mas somente uma acertou. A que perdeu parecia conformada, mas aborrecida. O casamento foi realizado. A índia que perdeu foi ficando cada vez mais triste. Procurou um lugar distante e começou a chorar. Chorou tanto, que suas lágrimas se transformaram num riacho. Tupã, ao perceber tanta tristeza, aproximou-se, e a moça contou-lhe tudo. Tupã lembrou-lhe que saber perder é uma vitória, ao que a moça lhe disse que o que mais a afligia era a saudade que sentia da amiga e do cacique, mas que não tinha coragem de vê- los, pois perceberiam sua tristeza. 
Uirapuru - Pássaro da floresta amazônica
Perguntou a Tupã se não podia transformá-la em pássaro, pois assim poderia observá-los sem que eles soubessem. Compadecido, Tupã fez-lhe a vontade, e no lugar em que a moça estava surgiu um passarinho de aparência tão simples, que não chamava a atenção. O pássaro voou até a oca do cacique, e ficou ainda mais triste ao vê-los tão felizes. Tupã compadeceu-se novamente, chamou o passarinho e lhe disse: - De agora em diante, você será o uirapuru. Seu canto será tão bonito que a fará esquecer a própria tristeza. Quando os outros pássaros a ouvirem, não resistirão, e ficarão em silêncio. E assim é, até hoje: quando o uirapuru canta, os pássaros em volta se emudecem para ouvir seu belíssimo canto.



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