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As incríveis maquiagens dos meninos do Rio Omo

  
No vale do Rio Omo, no sul da Etiópia, povos seminômades conduzem grandes rebanhos de gados em busca da melhor pastagem, pelas margens do rio.



Estes povos que vivem em estrema pobreza mostraram sua beleza selvagem. As crianças dos Surma e Mursi (tribos do sul da Etiópia) vestiram suas mais belas “roupas”, e fizeram as mais criativas “maquiagens” para serem fotografados por Hans Silvéster, um fotógrafo alemão que com muito talento registrou imagens que impressionam pela beleza. Com lama do rio, frutas, pedra moída, flores, ramos e até urina de vacas, eles criam verdadeiras obras de arte nos seus corpos.




As vibrantes estampas têm que ser refeitas duas ou três vezes por dia, e em muitos casos funciona como um vocabulário entre eles. Além da decoração corporal e da expressão de cultura, as pinturas também tem uma finalidade prática, quando o ash é misturado na urina de vaca, para formar a base das “tintas” ele se transforma em um poderoso repelente natural. E assim, os povos daquela região, longe das técnicas dos grandes nomes da maquiagem, cria sua própria moda, e fazem muito mais que se simplesmente se ornamentar, eles mantêm seus ritos, suas tradições e sua autenticidade, como se pode constatar nas imagens de Hans.
A interação com a natureza é muito grande e ela fornece tudo, casa, comida, e roupa. A África é bela, e fica muito mais bonita com as incríveis maquiagens dos meninos do Rio Omo.


 




























"The Birds of America", as 435 aves de Audubon

Lesser yellowlegs
 
Em meados de 1830 um homem perambulava pela América do Norte em busca das aves que habitavam o vasto território dos Estados Unidos da América. O objetivo era desenhar todas as aves da América do norte. Se foi possível retratar todas as aves, não se sabe, mas, pelo menos, 435 delas emprestaram sua beleza para o The Birds of America, (As Aves da América), o grande projeto de vida do ilustrador John James Audubon. A obra continha 435 estampas produzidas pelas margens de rios, lagos e matas e mostravam com detalhes impressionantes as formas e cores das aves norte americanas. As imagens das aves de Johm James, decorou salões da nobreza Européia, e foi parar até nos luxuosos aposentos do rei Jorge VI do Reino Unido, fato que lhe rendeu popularidade, e um grande prestígio científico à sua obra.
O gosto por retratar suas aves na natureza, era o que o diferenciava de outros grandes ilustradores científicos que preferiam fazer o mesmo através da observação de um exemplar taxidermizado. E talvez, foi essa peculiaridade que lhe rendeu o cunho de naturalista. Para a natureza, no entanto, não havia diferença entre a técnica de Johan James e a daqueles que preferiam a taxidermização, pois entre papéis e outros materias de desenho, ele levava uma espingarda com qual matava um exemplar da ave que queria desenhar. A ave morta era sustentada por arame na posição mais correta para a observação, onde era mantida até o final de seu desenho.
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O valor artístico de sua obra e seu talento para as artes pode ser confirmado pela análise de suas gravuras, que hoje são relíquias muito bem guardadas. No entanto, para verificar seu valor científico é preciso voltar há um tempo remoto, quando “ecologia” era palavra de pronúncia rara no vocabulário da humanidade. Mais precisamente, tal termo seria usado pela primeira vez pelo cientista alemão Ernst Haeckel em 1869, quase duas décadas depois da morte de Audubon. O sacrifício de um animal não era para simplesmente desenhá-lo, era feito em nome da ciência, e pelo bem da natureza. Deve se lembrar que naquele tempo não havia outro modo. Vivendo há dois séculos da era digital, o único jeito de se retratar uma ave com a objetividade proposta pela ciência era mesmo à custa da morte de um exemplar, e de um dom incontestável para a arte. Apreciadas na época em seu formato original (99 x 66 cm), era através das gravuras dele que a ornitologia tomava conhecimento de espécies de aves que viviam embreadas nas matas das mais distantes regiões da América do Norte.
Ainda que a técnica usada para a construção de sua obra pareça rústica e desagradável, não se pode negar que havia em John uma paixão incomun pela natureza, em especial pelas aves, e nem tampouco diminuir a grande contribuição dada para a ornitologia daquele tempo. Prova disso é que, em 26 de abril de 2011, quase 200 anos após sua morte, um grande veículo de comunicação prestou-lhe uma homengem confirmando assim a sua importância. Contudo, prevalece uma dúvida: seu trabalhou é lembrado dois séculos depois pela contribuição dada a arte ou a ciência? Essa é uma questão de pouco valor diante da grandeza de sua obra. Para a arte ficou a contradição entre o prazer em apreciar a beleza de seus quadros e a tristeza de saber que a ave pintada fora morta. Para a ciência fica a lição de o quanto custa caro aprender, pois hoje, se por um lado, se pode fotografar uma ave com riqueza de detalhes infinitas vezes superior sem que seja nessesário sacrificá-la, por outro, algumas das 435 espécies desenhadas por John James Audubon não conseguiram esperar por essa tecnologia, e se não fizesse parte de trabalhos como o The Birds of America, teriam desaparecido sem deixar registro de sua existência na História.
Da esquerda: Carolina Wren - Da direita: Great Blue

Brown Pelican
Hooded Merganser



Labrador Duck

Leachs Petril

Bald Eagle
 
Da esquerda: Santhil Crane - Da direita: Red Throated








Uma árvore que canta e encanta



Na Inglaterra uma “árvore” muito especial faz parte da natureza que cerca a cidade de Burley , além de dar um toque artístico à bela paisagem ela ainda produz um som único, criando um fundo musical para os visitantes do lugar. A Singing Ringing Tree, como é conhecida, é uma escultura gigante que fica nas montanhas perto de Burley. Ela ipresiona pelo tamanho, pelo design e mais ainda pelo fato de emitir som. Terminada em 2006 e instalada estrategicamente no alto da montanha, ela aproveita os fortes ventos da região para incrementar a natureza do local, produzindo sons quando o vento atravessa o interior dos seus tubos de ferro galvanizado.



Confira o video!

Os animais de ferro do deserto da Califórnia

As elevadas temperaturas do deserto na região de Borrego Springs, sul da Califórnia, castiga a paisagem local durante boa parte do ano. Quem passa por ali não tem muita coisa interessante para vê, a não ser os belos e intensos raios de sol refletindo nos corpos dos animais que habitam aquele lugar. São muitos e de várias espécies. Eles suportam muito bem o calor escaldante da região, para isso, são feitos de ferro. A natureza sempre foi a maior fonte de inspiração para o homem, nas artes, esse fato pode ser visto desde as pinturas nas cavernas do homem antigo que reproduzia os animais, até hoje em esculturas como as das fotos a baixo, feitas de ferro pelas talentosas mãos do mexicano Ricardo Arroyo Breceda. Inspirado principalmente pelo passado distante da região que é um importante sitio arqueológico, Breceda, forja, martela e solda o ferro, e reproduz animais que viveram ali a milhões de anos atrás. O patrimônio arqueológico do lugar guarda vestígios fósseis da era Pliocénica, Plistocénica e Miocénica. As grandes esculturas ficam espalhadas pelo deserto, e reproduz diversas cenas do imaginário do artista, transformando um lugar aparentemente sem nada interessante em um destino turístico muito movimentado, isso graças à natureza reproduzida a ferro e fogo pelo mexicano Ricardo Arroyo Breceda. Graçias amigo!











Link: Ricardo Arroyo Breceda
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